E finalmente chega um dos melhores meses para os Brasileiros. Afinal, depois de E3, Gamescom e Tokyo Game Show, acontece a BGS. Quem conhece a BGS sabe que o evento surgiu lá em 2009, pequeno, ainda conhecido como Rio Game Show. De lá pra cá, além da mudança de nome para Brasil Game Show e da mudança de local do belíssimo Rio de Janeiro para esta louca metrópole chamada São Paulo, o crescimento do evento tomou proporções gigantescas. O investimento pesado dos organizadores em conseguir fechar parcerias com pequenas, médias e grandes empresas e estúdios nacionais e também com grandes empresas do mercado de games e tecnologia mundial teve um papel fundamental não só para o crescimento do evento, mas na abertura de portas para estas empresas se aproximarem ainda mais do público Brasileiro.
Quando lembro de BGS a primeira coisa que me vêm à cabeça é a Fenasoft. Nunca ouviu falar da Fenasoft? Era simplesmente o maior evento de tecnologia do Brasil, que ocorria em São Paulo todos os anos (sua primeira edição também foi no Rio de Janeiro) entre o fim dos anos 80 e meados dos anos 2000. Me lembro pois cheguei a ir ao menos umas 3 vezes nestes eventos com meu pai e era um lugar incrível de se frequentar. Ano de lançamento do Duke Nukem? 8 em cada 10 computadores tinham o jogo instalado pro público jogar. O boom dos PCs modernos, hardwares “de ponta” e da Banda Larga com suas monstruosas velocidades de 256kbps marcavam presença lá… Até que, com o fácil acesso a tecnologia e PCs em hipermercados espalhados pelo Brasil, e informações (que antes chegavam primeiro lá) estarem na internet para qualquer um visualizar hoje em dia, só restou fechar a tampa do caixão da Fenasoft.

Era quase impossível andar pela Fenasoft.
Por isso digo que me dá alegria ver a BGS trazendo pro público Brasileiro um pouco dessa experiência que nós meros mortais não podemos ter, de trazer conteúdo tecnológico que marca presença nos grandes eventos de games e tecnologia que acontecem a todo momento nos Estados Unidos e pela Europa. Claro que não é justo compararmos BGS com E3 ou Gamescom tendo em mente que ambos com o tempo tornaram-se eventos com foco em mostrar novidades, seja de jogos ou tecnologia, mas o empenho da organização em trazer conteúdo de qualidade ao público, movendo parcerias gigantescas com a Microsoft e a Sony e trazendo figuras importantes desta indústria é notável. Inclusive, como figuras ilustres presentes na BGS teremos a volta de Ed Boon ao Brasil, os criadores do Atari e de PitFall, Stephen Bliss (que foi responsável por toda a identidade visual dos maiores lançamentos da Rockstar, inclusive da série GTA) e, claro, não poderia deixar de falar do pai de todos, Kojima-san. Ainda há outros nomes não revelados, mas que com certeza tiveram um papel significativo na indústria de games.
Pra encerrar este texto, deixo uma espécie de crítica quanto à organização da BGS que deixou muito a desejar nos últimos anos. É imprescindível que trabalhem lado-a-lado com os demais colaboradores, sejam eles do evento ou dos stands. Auxiliem na organização dos eventos e apresentações, dos horários e locais corretos de cada um deles. Há muita coisa boa a se aproveitar no evento mas acaba passando batido pelo simples fato de uma informação incorreta (muitas vezes rola até o “telefone sem fio”) ou até mesmo a falta de informação. Consertando esses pontos, tenho certeza de que esse ano tem tudo pra acontecer uma excelente BGS.
Uma boa BGS à todos! Nos vemos lá!