Mais um ano, mais uma Brasil Game Show…E essas são as minhas impressões dos joguinhos que testei no evento (menos os VR, o texto sobre isso aí vai sair outro dia).
RECORE
É possível não esperar nada de um jogo e ainda assim se decepcionar? Recore provou que sim. Testei o jogo por uns dez minutos no estande da Microsoft e não consigo pensar em absolutamente nada de bom para falar dele aqui.
Para começar, o combate é extremamente raso. A mira é automática (bem, você até aponta pro inimigo mas depois tudo que você faz é apertar RT, porque o lock-on é fodido e não “solta” nunca) e a única coisa que cê precisa fazer, além de atirar, é dar dashes para desviar dos ataques inimigos e escolher qual munição utilizar através de um raso sistema de “escolha a munição da cor dos ataques de seus inimigos para fazer mais dano”.
E além disso tudo o jogo é feio demais no Xbox One. Texturas borradas, serrilhados e loadings enormes foram as coisas que mais encontrei em Recore. Até o notebook na estação do lado tava produzindo um resultado muito mais bonito.
Eu sei que o envolvimento do Inafune no projeto deve ter sido mínimo, mas parece que o nome dele virou maldição esse ano.
HORIZON: ZERO DAWN
Horizon — uma das maiores apostas da Sony pro ano que vem — está animando as pessoas na mesma intensidade que as está preocupando, visto que o último jogo da Guerrilla foi o fraquíssimo Killzone Shadow Fall. Fui jogar a demo que a Sony trouxe para a BGS mas acabei saindo dela com mais perguntas do que respostas.
Pelos dez minutos que joguei, já percebi que o gameplay me agrada. O combate parece ser bem legal e conta com uma dose considerável de estratégia na hora de abordar os inimigos, já que há várias formas de atacá-los. Além disso, fica claro que o elemento de crafting será fundamental no jogo.
Os visuais de Horizon também são muito impressionantes, mesmo rodando em um PS4 convencional o jogo tá lindão (aquela grama é maravilhosa, caras) e com taxa de quadros por segundo bastante estável.
O problema é que a demo é só um sandbox sem nenhuma quest, e meu maior receio é sobre a variedade e estilo de missões. O gameplay é bom, mas não chega no nível de jogos como Metal Gear Solid V — onde o gameplay sustenta o jogo inteiro— , e a presença de outposts e crafting na demo me preocupa que o Horizon: Zero Dawn possa acabar sendo mais um open-world genérico da Escola Ubisoft de Game Design.
STEEP
Provavelmente a coisa mais “meh” que joguei no evento, o jogo de esportes radicais de inverno da Ubisoft não conseguiu provar a que veio em sua demo na Brasil Game Show.
A demo não te explica os controles e por isso a experiência acaba sendo meio confusa no começo, mas mesmo depois que cê pega o jeito das coisa a situação não melhora muito. Apesar de alguns sinais positivos, o meu tempo com o jogo não aumentou em nada minha vontade (que já era baixa) de jogar Seep. Tudo parece bom nada é realmente excepcional, e a impressão que fica é a de que o jogo não terá variedade o suficiente para justificar seu preço de 60 dólars.
Estou há tempos desesperado por um jogo de esportes radicais na geração atual e é uma pena que Steep não pareça ser o que estou procurando. Quando vai rolar um Skate novo, hein EA?
GEARS OF WARS 4
A demo que joguei de Gears of War 4 já me jogou no meio da ação em um capítulos aleatório da campanha e realmente não há muito o que falar sobre ela. Foi violento, foi divertido e foi grandioso. Resumidamente, Gears of War 4 ainda é Gears of War. Parece que a franquia está em boas mãos.
E ah, o jogo tá de tirar o folêgo no PC. É, tava rodando numa GTX 1080, mas mesmo assim me animou demais para o port.
GWENT
Lembra de como Gwent era legal em The Witcher 3? Continua tão legal quanto no jogo standalone.
A única diferença que senti foi que os decks parecem mais balanceados, o que é ótimo já que minha maior preocupação com o game era que ele não fosse balanceado o suficiente para funcionar bem quando jogado contra outros players.